Quem disse que ia pro fim da semana?
Quem disse que é para a vida inteira?
Apressa o passo que o prazo engana
apressa o passo que na praia
o tempo passa antes de passar
o tempo da história não é calendário
arranco as paginas do dia errado
dura dois anos dezoito brumario
dura dois anos entre aniversários
seu tempo passa antes de passar
e vem você me diz a calcular
para onde vai
uma tarde que passou?
E me vem
o pulso de uma canção
escapar
da mente pro coração
sei lá
qual dança que decifrará.
essa aí é uma canção. quem quiser escutá-la fala comigo
domingo, 22 de agosto de 2010
Medo no Papel
Medo no papel
pra quem sente
medo na televisão
não é filme
de terror
do doutor mabuse
olhando da tevê
é a impressão
vívida do olhar da tevê
ganhando não mais que a cor da caneta
que escreve para não ler
o medo no papel
o medo no papel
não é o medo do golpe
é o medo do esquecimento
para transformar aquilo que acontecendo
vai ficando e fica
ali para tomar poeira
para ser guardado na gaveta
o medo no papel
não é o medo do relógio
é o medo do calendário
o momento vira memória
e na hora lá diz que houve
outras horas
pra quem sente
medo na televisão
não é filme
de terror
do doutor mabuse
olhando da tevê
é a impressão
vívida do olhar da tevê
ganhando não mais que a cor da caneta
que escreve para não ler
o medo no papel
o medo no papel
não é o medo do golpe
é o medo do esquecimento
para transformar aquilo que acontecendo
vai ficando e fica
ali para tomar poeira
para ser guardado na gaveta
o medo no papel
não é o medo do relógio
é o medo do calendário
o momento vira memória
e na hora lá diz que houve
outras horas
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